Nos campos pragueja,
O brando vento.
Nos pastos uiva,
Também nos oiteiros,
Também na úmida relva,
Pois também no deserto,
Tampouco sorrateiro.
Brinca e canta esse uivo,
Das horas serenas, tampouco turvo.
E nas horas de rebeldia,
Folia rouca,
Que ronca a miséria pouca.
No breu vil,
Tira do noturno
O ar gentio,
Cerca o frio
De um ser soturno
Transita pelos campos mimados...
Esses campos eufemismados
Pelos suaves amestrados
Sussurros.
Nas cidades,
Sua asa
Passa rasa.
Sufocada em urros.
Ainda assim na opulência vive.
E moribundo, portanto, surge.
O seu caminho fada.
Sóbrio, não para.
E ruge.
Age, em estação,
Estando bravo,
Estando frio
Vezes, meio invernado...
Estando bravo,
Estando frio
Vezes, meio invernado...
Porém,
Ainda mesmo anda.
Ainda mesmo anda.
Um quando sempre calmo.
Age nada em vão.
Mesmo revolto
É um brisa vento de verão.