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sábado, 25 de agosto de 2012

Pessoas engraçadas


Joaquim Borges de Menezes

    Como todo mundo sabe, há uma grande diferença entre engraçados e os que acham sê-los. Não sei se existe alguma pesquisa sobre piadas sem “charme”(apenas para não ser tão ofensivo), se em grande quantidade, ocasionar a depressão. Falo por mim, pois quando algum infeliz tenta comentar algo “possivelmente” engraçado não consigo, e não tento expressar educação. Se ele perceber que não é desse ramo, vai parar de atazanar quem goste de uma boa risada.

    Se você é esse desse tipo e ainda não percebeu, dou-lhe o raciocínio. Foi um método muito usado por Aristóteles, grande pensador filósofo.

    - Piadistas ruins perdem amizades.
      Você é um piadista ruim.
      Logo, você perderá as suas amizades.

    Preste atenção em risadas forçadas, que, se você tem o mínimo de senso, perceberá. Veja também se não tem nenhuma “emburraçao” inesperada por parte de seus, ou seu, espectadores. Geralmente após sua piada. Se nenhum desses sintomas aparecerem, você estará apto a exercer o humor.

    Outra dica. Piadas ou comentários cultos tem sua hora apropriada. É o caso de usa-las no trabalho, especialmente para seu chefe. Talvez, conseguirá aproximar-se dele. Se você persistir, nas horas certas, criará um vinculo de amizade formal. Essas piadas não servirão para: bêbados, petistas (especialmente pessoa chamada Lula), tucanos, Tiririca(palhaços em um modo geral, não só os que estão no governo); jogadores de futebol (maioria); analfabetos e analfabetos funcionais ( sim, inclui alguns supracitados); entre outros. Se falasse de todos iria demorar.

    Pessoas isentas da qualidade inteligência podem ser consideradas não receptoras de humor.    

Poesia Perfectum


Joaquim Borges de Menezes

τελειος αλλα ατελή



Pατσα
                                            Electi
                                    vitae Ratio
                                    bona Fide
                                           Errores
                                   αμαρτIα
                                  τελειοÇ
                                        φιλαργυρια
                                        glOriam
                                                            , E é isso vera immanentia nostrum 

Suicidar



Joaquim Borges de Menezes


Suicidar-te-ás por desventura?
Lavar-te-ás da alvura?
Glorificar-te-ás pela debilidade?
Far-te-ás por sobriedade?

Ressuscitas tu, não, por serdes ladino?
Vedes tu, não, por habilidade?
Tens tu, não, alma de hipocondríaco?
Levas contigo, não, a verdade.
És tu ambrosíaco,
De doce pérfido.

Olhas tu com olhar esgazeado
Olhas tu com olhar de elação.
Olhas tu com olhar de cólera.
Olhas tu com olhar vão 
Olhas tu ao descampado.
Olhas tu como tapera.

Percebes-te que enamoras,
Mais a agrura?! 
Percebes-te que suspiras,
Não mais ternura?!
Percebes-te que não tens,
E não usas mais da mesura?

Criaste tu? Não, foste criado.
Pensas tu? Não, foste pensado.
Foste elaborado.
Foste desfeito
Foste fadado
A teres despeito.
A teres preceito
A teres mágoa
A teres em teu leito,
Até, raiva.

Quiseres tu? Não, foste requerido.
Deves tu, não, bravura?
Levas contigo, se não a verdade, ao menos compostura?
Buscas, se não o vivo, que já denegrido,
Ao menos amargura.
Que salvar-te-ás,
De teu ser já carcomido.

Suplicas por deleitar-te,
Do medo, 
Que te enfeitiça.
Como incontrolável desejo.
Purificas do pecado,
Tuas vestes.
Que te degenera
O legado.

Levantas-te!
Pois se pensas ou vês,
Choras e sentes,
Se falas ou tentas,
Viver, da vida controlada.
Purgas-te!
Do fardo fadado,
Que tanto te prendes.

O brilho da aurora


Joaquim Borges de Menezes

O brilho em teu olhar,
Todo dia vê-lo-ei.
Pois irradia do horizonte
Do luar.
Sol poente,
Apenas o teu presenciei.

Aguas turgidas do ápeiron,
Só tua alma me libera a conhecer.
A vida nua, pura droga,
Que essas me tentam
Louvar a aurora,
Que me encanta.

Abra-te a mim,
Pois estou louco,
Pois é meu vício.
Dia todo te estudo afim.
E te ouço,
Melhor.

No compasso
Do meu com teu peito,
Vejo-te,
Melhor.
E me sinto
Sem dor.
Apenas com o brilho em teu olhar.

Sábio saber


Joaquim Borges de Menezes


Se não sabemos?
Se não sentimos,
E não vemos e não ouvimos.

Se sabemos

Não entendemos. Mas pensamos.
Tentamos?! Tentamos...

Mas achamos?

O que somos... Somos?
O que é?... Se é?!
Vida. Vida? Vida!... Há Vida...

O Mundo



Joaquim Borges de Menezes

O sentido esgotou.
A beleza se foi.
A miséria virou banalidade
que nos caiu como maldição.

E as esperanças,
antes inexauríveis 
tornaram-se raridade.

No mundo que fizemos,
neste mundo que criamos,
os cegos mais vêem,
os surdos mais ouvem.
Neste, poucos os devotos.

Os objetivos se esvaindo.
Os olhos que não mais temos.
Apenas a realidade, pois
da vida que é vida
todos estão mortos.

Por ti me mato




Joaquim Borges de Menezes Neto

Teu ventre não mais te sustenta,
Já que partes do leito carnal.
Não só levas desse leito seus mundanos gozos,
Mas o meu próprio prazer no mortal.

São, agora, desejos tolos,
Tanto, para mim estado.
Pois por ti me mato,
A cada dia.

Embalsamado,
Por trevas e noite todo tempo.
Essa vil orgia que me é importuno.
Enlouqueço.

Sinto-te,
Tua mão pálida me toca o ombro.
Minha pútrida alma tua morte reveste,
Com solidão.

Meu ser contigo são,
Procura te seguir,
E ir.
Mas não vou e padeço,
Pois tenho ódio de ser tu, a morte.

A morte que apenas a mim morta.
Que apenas meus gozos se foram levados.
Essa viva morta, só a mim assombra.
Só meu peito ceifado.

E arromba
Os sonhos,
Dos dias mais calmos.
Os mesmos, para mim são tormenta.

Essa morte que não descansa.
E eu me entrego.

Sigo para as várzeas funebres,
Onde deito,
Meu último sono.
Volto ao leito final,
Herança da minha tão querida morte.
E viro eu, um ser alvo.