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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Segundo soneto

Ruivos cachos de Vênus, rósea tez,
Venoso licor escarlate e casto,
Carnosos lábios e colo vasto,
Único fruto Perséfone a fez!

És verdura do Éden, és carnal!
Tens nos fartos seios fugaz ardor!
És das perenes relvas régia flor
Semeada em estéril polo austral!

Sê a estrela, sê meu corpo celeste,
Argênteo espectro no azul-noturno,
Sê mulher de verdadeira estrutura!

Sê divina, sê humana, mas veste
A causa minha - que espero, soturno,
Perderes as sobras de compostura!











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