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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Terceiro soneto

Tuas graças roubaram do ocaso as cores!
Tua postura esbelta, teus olhos luzentes
Macularam o sangue das veias decentes
Das minhas mãos armadas de já murchas flores!

Tu és peste nascida nos castos verdores!
Como dos lírios, dos moços és orquidácea.
Pois te travestes da mais formosa falácia;
Pois me foste do peito a pior das dores!

Inebria-te, agora, com veneno amargo!
Semelhante sorte me fizeste entornar...
Afoga-te em rio de escárnio: no rio mais largo,

Pois secaram-me as águas, e esvaiu-se o ar!
Insistes, anjo belo, em ser tóxico embargo
Contra meu humilde anseio em poder te amar!


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