Joaquim Paranhos de Menezes
Um passeio no nada
Com cheiro de rum,
À terra largada,
Sem santo algum.
A vista divaga
Num leito comum,
Avista, cegada,
Um pasto nenhum.
No meio do nada
Escuta um zunzum ,
É a voz cantada
Dum mudo Vodum.
Em mais caminhada
Um pé de jejum,
Quão doce é o nada,
Comê-lo um por um.
Segue-se a toada
No campo incomum,
Num meio do nada,
Em lugar algum.