Minha lista de blogs

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Filas - crônica

Joaquim B. de Menezes Neto

    Sempre desconfiei se as filas não tinham algum envolvimento com artes obscuras para nos tirar a paciência. Isso acontece com todos seus frequentadores sociais. Andei pesquisando, e descobri que é uma doença que não altera somente o emocional. Chama-se “Fylite Lotako”(nomenclatura original latina).

    Mais conhecida como Doença de Fila, ela atinge, principalmente, os órgãos públicos. Decorrente de uma má absorção de verbina, entre outros sais e vitaminas necessários ao funcionamento correto de órgãos múltiplos. Atinge gravemente a camada popular dos tecidos. É de origem viral. O agente é denominado treponema falidum e sua mutação e segundo tipo, locus falidus. Há três estágios da virose.

    Na primeira fase depois da contração, o afetado começa a apresentar sintomas do tipo: cansaço, dores musculares, dor de cabeça e o seu humor ligeiramente alterado. Depois disso, a doença pode desaparecer, e voltar mais forte. Varia com a capacidade imunológica de cada indivíduo.

    Se persistir e/ou  passar a ser contraída frequentemente, a simples infecção pode evoluir, atingindo a segunda fase, já um pouco mais grave, envolvendo o físico do paciente. Aparecem calos e bolhas nos pés, dores de cabeça mais fortes, dores nas articulações da perna, inchaços e dores musculares mais afincas na mesma região; o humor fica mais alterado, podendo chegar a um pequeno descontrole. Náuseas podem surgir junto com os outros sintomas, dependendo do local afetado.

    A terceira e última fase é a mais perigosa, podendo levar ao óbito social, se não cuidada sob controle de um médico e psicólogo. É a fase terminal. Envolve os mesmos sintomas anteriores e ainda: aparecem outros tipos de infecções, secundárias, como a atrasíte e a doença da demissão; emocional totalmente descontrolado; pressão baixa seguida por desmaios. Nesse caso o doente deve fazer sessões de terapia e buscar outros tipos de tratamentos

    Caso descubra, mesmo que no primeiro estagio da doença, procure ajuda e já comece com alguns remédios de reclamação. Automedicação é contraindicada. Sob prescrição, peça, além disso, remédios preventivos para dor de cabeça e dores musculares. Vacinas para a virose não existem e as únicas, pouco efetivas e caras, são ilegais. É o caso da vacina superfaturose. Já lhe avisando, não é fácil de ser curada e o tratamento é longo.


Joaquim Borges de Menezes é aluno do primeiro ano do segundo grau

Publicado em CONTOS DA MADRUGADA - AUTORES BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - Edição especial 2013
Br Letras - 

Nenhum comentário:

Postar um comentário