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domingo, 25 de janeiro de 2015

Aquela moça - Joaquim Paranhos de Menezes

Aquela moça dos olhos dourados!,
dos egos globosos mui bem inflados,
Cúmplices da vivência...

Vistas alheias lhe despem bocados,
Claro jugo dos rijos abobados
- Dotes em vã clemência!

Doudos delírios então comportados
Eriçam pose dos brios afiados
A sentir sua essência!

Em pródigos patifes transformados,
São réus possíveis dos lábios trancados
À chave da inocência.

Bravios cavaleiros e vis soldados
Por banal fronteira estão condenados
A inúteis golpes de espada na prudência:

Os sonhos abrigam seus gozos fardados
De édipo complexo, e quaisquer agrados
(Pela Moça) esbarram na transcendência!

Selecionado e publicado em: Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - volume 123 
www.camarabrasileira.com.br - http://www.camarabrasileira.com/pc123.html

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