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terça-feira, 10 de maio de 2011

Fui encurralado pela morte.

Joaquim Borges de Menezes Neto

Fui encurralado pela morte.
Realidade minha já distorcida.
- Vida! Em meu peito já não há-te
Alma minha não mais lépida

De pensar fico enervado.
De sonhar, abrasado.
De sentir meu luto
De lutar mais a fundo, afundo,
Vejo-me embotado.

Pergunta, não deve havê-la.
Se estou morto ou vivo,
Em que cativo?!
Se minha mente louva-se da procela

Fim, não deve prevê-lo.
Não deve ser descrito,
Não ter aviso.
Para que haja ânsia,
Para que haja zelo,
Do “vivo”

E sai do ventre
As mãos do escuro loquazes,
Que a vida tirara-me.
Deixando estática alma que, vezes,
Teme.

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