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terça-feira, 21 de maio de 2013

Declaração de amor

Joaquim Paranhos de Menezes

Em teu ventre definhado
Em teu ventre mal amado
Embebido em falácias
Entre enfado e audácias
Em teu ventre profanado
Proferido pela ira,
Pela gula
Profanado por pecado
Em teu ventre atado
Na mesquinhez,
Coração e ventre de burguês,
Em teu ventre cansado
Em teu ventre enojado
Pelo banal,
Puro e aplicado
Em um cotidiano sacal
Pactuado
Com a preguiça,
Avareza ou Cobiça...
Em teu ventre mal tratado
E gasto
Pelo ocorrer e pelo tempo
 Sedentário tempo
Em teu ventre amigo
Ou inimigo
Em teu ventre aloucado
Do começo ao fim,
Em teu ventre...
Em teu ventre, mesmo assim,
Mora outro relativo

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