Joaquim Borges de Menezes
O tempo tic. O tempo tac.
Sendo tudo e sendo nada.
Tudo tic. Tudo tac.
Só se sobe. Só se desce.
O decrescente resplandece.
Tempo negro. Tempo flavo
Esse tempo, que desfalece,
Meia volta volver.
Tempo esse que deprava.
Tempo esse que prescreve
Desalento e desencanto.
E do ventre definhado,
Tempo este que se perde.
Ventre descarnado, mas tempo sereno...
Já que, sem, do mesmo, avidez.
Já que, sem, do mesmo, ânsia.
Mas que volta
E que vira...
E tudo tic e tudo tac...
Apenas a embriagar-nos da inércia.
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